O artesão Antônio Miguel da Silva, artisticamente, conhecido como Senhor Antônio Joca, nasceu no dia 10 de novembro de 1935, na Comunidade do Alto do Moura, Caruaru - PE. Ele é o único sobrinho vivo do Mestre Vitalino. Diferentemente, da tradição de aprender logo na infância as primeiras lições da Arte do Barro, Antônio Joca iniciou nesta profissão apenas após completar os seus vinte anos de idade, logo descobriu o seu talento nato e uma impressionante habilidade criativa. Ele já trabalhou em todo o processo de criação e desenvolvimento desta Arte, como exemplo: com o “torno” através do qual moldava belíssimos potes, pratos, jarras e demais peças utilitárias; já produziu peças decorativas e, posteriormente, passou a trabalhar com as esculturas figurativas, as quais retratam a história sócio-artístico-cultural do povo nordestino. É exatamente, na Arte Figurativa onde seu Antônio Joca depositou com mais empenho e dedicação todo o seu grande talento, foi a sua verdadeira descoberta, onde ele proporcionou a si mesmo, aprimorar a sua técnica e conhecimento. “Nós estamos aprendendo todas as vezes em que estamos trabalhando", diz ele.
Antônio Joca é casado há cinquenta e seis anos, com a senhora Dona Josefa, juntos geraram quatorze filhos, todos foram criados e educados com os recursos oriundos da sua arte e, atualmente, aos setenta e sete anos de idade, ainda trabalha para projetar a posteriore a sua marca na história da Arte do barro do Alto do Moura, considerado pela UNESCO: “O Maior Centro de Artes Figurativas das Américas”.
As obras de Antônio Joca podem ser apreciadas em várias localidades, como, por exemplo, na cidade de Maceió - AL, mais especificamente no local chamado “Gogó da Ema, onde está a sua escultura intitulada "O Pescador”, que apresenta o tamanho de um metro e meio, esta peça além de ornamentar com graciosidade este lugar, também consegue transmitir às pessoas respeito, admiração e encantamento por esta Arte.
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